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O que é Kambô?

  • Foto do escritor: Kami Débora Fernandes
    Kami Débora Fernandes
  • 17 de jul. de 2017
  • 5 min de leitura

O kambô é uma resina retirada de uma perereca que vive na Amazônia, a Phillomedusa bicolor. Essa resina contém peptídeos analgésicos e de fortalecimento do sistema imunológico que provocam a destruição de microrganismos patogênicos. E ela é usada como se fosse uma vacina por nativos da Amazônia.

A aplicação é realizada sobre a pele e transportada rapidamente para todo o corpo pelos vasos linfáticos. Os índios indicam a vacina para qualquer distúrbio e desequilíbrio, afirmam que purifica o sangue eliminando as impurezas, mas quem não tem nenhum sintoma usa o kambô para reforçar a imunidade. Após a aplicação, é indescritível o estado de conscientização e clareza de pensamentos; a sensação de harmonia e de felicidade é visível; os sonhos, a percepção e a intuição melhoram; a autoestima retorna. Diz a lenda que os índios da aldeia estavam muito doentes e de tudo havia feito o pajé para curá-los. Todas as ervas medicinais que conhecia foram usadas, mas nenhuma livrara seu povo da agonia. O pajé então se embrenhou na floresta e, sob os efeitos da Ayahuasca, recebeu a visita do grande Deus. Este trazia nas mãos uma rã, da qual tirou uma secreção esbranquiçada e ensinou como deveria ser feita a aplicação dessa secreção nos enfermos. Voltando à aldeia da tribo, e seguindo as orientações que havia recebido, o pajé pôde curar seus irmãos índios. Ela recebeu dos índios catuquinas a denominação de kambô, também podendo ser chamada de kampum ou kempô dependendo da tribo indígena. E é usada pelos indígenas para prevenir, curar ou afastar o “panema” – conhecido entre os índios e caboclos como preguiça, baixo-astral, má sorte (na caça, na pesca, na colheita ou na conquista amorosa). O curandeiro guarda a secreção da perereca numa espátula de madeira gerando pequenas queimaduras na pele, com um pedaço de cipó (titica) em brasa, aplicando a secreção nas queimaduras. O efeito da “vacina do sapo” – como é popularmente conhecida – é curto, porém muito forte. Ocorre uma forte onda de calor, que sobe pelo corpo até a cabeça. A dilatação dos vasos sanguíneos parece provocar uma circulação mais veloz do sangue, deixando o rosto vermelho. Em seguida a pessoa fica pálida, a pressão baixa, podendo provocar náuseas, vômitos e/ou diarreia. Esse processo dura cerca de 15/20 minutos, com uma sensação muito desagradável, mas aos poucos a pessoa retorna à normalidade. Em seguida a pessoa se sente mais leve, como se tivesse feito uma boa limpeza, presenciando uma maior disposição.

Resultados surpreendentes

As pesquisas revelaram que a secreção da Phyllomedusa bicolor contém uma série de substâncias altamente eficazes, sendo as principais a dermorfina e a deltorfina, pertencentes ao grupo dos peptídeos. Esses dois peptídeos eram desconhecidos antes das pesquisas de Phyllomedusa bicolor. Dermorfina é um potente analgésico e deltorfina pode ser aplicada no tratamento da Isquemia (um tipo de falta de circulação sanguínea e de falta de oxigênio que pode causar derrames). A secreção do kambô também possui substâncias com propriedades antibióticas e de fortalecimento do sistema imunológico.

Essa tradição vem dos povos originários do norte do Brasil, Perú, Bolívia e outros. De madrugada os xamãs, pajés ou curandeiros tribais, sem maltratar a rã ou fazê-la sentir dores, colhem a secreção que servirá de vacina, no tempo e na lua correta. Após a secreção retirada, a rã é devolvida a mata. Para os índios as doenças são espíritos negativos que se apossam das pessoas, então o Kambô é tomado para afastar o espírito mal e restaurar as forças e a disposição. Para nós que vivemos nas cidades o kambô não é diferente, é um forte aliado contra a depressão, stress, ajudando a combater e eliminar distúrbios. O kambô é um antibiótico natural poderoso que eleva o sistema imunológico. Seu efeito no organismo é curto, dura em média 15 minutos, porém é muito forte. Uma onda de calor percorre todo corpo, o sangue circula com mais rapidez, a pressão pode baixar, pode acontecer náuseas, vômitos ou diarréias. Isso são os efeitos físicos de uma limpeza no campo físico, energético, emocional e espiritual. Passado este rápido estado de desconforto, vem uma tremenda sensação de leveza, paz e tranqüilidade. A vacina do Kambô é contra indicada para pessoas que sofrem do coração, mulheres grávidas ou em período menstrual e crianças. A aplicação é feita diretamente na pele. Com a ponta aquecida de um cipó amazônico com propriedades antiinflamatórias, a pele é levemente escamada e a vacina é passada sobre os pontos preparados. Após a aplicação não é preciso cuidados especiais, pois o cipó com suas propriedades age como cicatrizador. O uso da medicina do Kambô é ritualístico, e deve ser aplicado apenas por pessoas iniciadas e responsáveis guardiãs da sagrada medicina e em espaços xamânicos. No dia da aplicação, evitar comidas pesadas, gordurosas e qualquer tipo de carnes, embutidos, bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de entorpecente. No dia é aconselhável beber uma boa quantidade de água para diminuir a sensação de desconforto. Tragam garrafinhas. O Kambô é um complemento natural para a manutenção da saúde.

*Propriedades medicinais do Kambô

Substâncias encontradas em maior ou menor quantidade:

FILOCININA: está em maior quantidade entre os peptídeos encontrados.Vasodilatador poderoso e permeabilizador das paredes dos vasos,mediadores da inflamação e estimula fechamento de feridas.

DERMASEPTINA: É considerada o mais potente de todos antibióticos conhecidos atualmente. Atua ainda contra o Tripanossoma cruzi ( Mal de Chagas). Também importante vasodilatador atuando em isquemias e por consequência excelente cicatrizante. Excelente ação contra o vírus da dengue.Um subtipo da dermaseptina (4) também é espermicida e hoje há testes para a fabricação de contraceptivos orais.Atua, ainda, contra protozoários Leishmaniose, gonorreia, vírus HIV-1, HPV e herpes-1.

TRIPTOFILINA: Peptídeo regulador da atividade hepática e da contração intestinal. Seus estudos recaem principalmente na regeneração do fígado quando acometido em doenças crônicas Tais como cirroses e hepatites.

DISTINCTINA: Peptídeos com amplo espectro de ação contra bactérias Gram positivas e Gram negativas.

DERMORFINA: Peptídeo opióide (derivado da morfina 4000 vezes mais potente que ela é 40 vezes mais potentes que endorfinas), e por isso um potente analgésico. Eficaz no combate ao vírus HIV, câncer, depressão, Parkinson, entre outras.

FILOSSEPTINA: Mostra-se eficaz contra protozoários como malária e leishmaniose, além de atuar como excelente antibacteriano e antifúngico.

DELTORFINA: Peptídeo que atua com eficácia contra depressão, Alzheimer, doenças isquêmicas, alguns tipos de canceres.

HIPOSINA: Peptídeo antibiótico e contrator uterino, bem como estimulante da lactação. Utilizado principalmente na veterinária com essas finalidades (útero atônico).

DERMATOXINA/FILOXINA: Peptídeo com atividade antimicrobiana comprovada, incluindo ação contra contra leveduras e fungos.

ADENOREGULINA: Potente contra bactérias, fungos, protozoários e vírus, também utilizado no tratamento contra depressão e demência, em especial o Alzheimer.

PLASTICININA: Peptídeo antimicrobiano de amplo espectro. As possibilidades de aplicação dos peptídeos antimicrobianos pela agroindústria assim como pela indústria farmacêutica, são inúmeras.Um trabalho sistemático de prospeção dessas moléculas, com identificação e síntese química em larga escala, possibilitará, não somente um grande avanço na produção de novas drogas, melhor conhecimento biológico das espécies doadoras, reconhecimento do valor de cada uma delas, como novas categorias de recursos genéticos e, por fim, a necessidade de prevenção desses animais.

*Propriedades medicinais encontradas na Internet ,sem fundamento médico declarado.

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